Primeiras partilhas….primeiras experiências!


As nossas manhãs são sempre cheias e dinâmicas, seja porque eles entram em sala com toda a energia, seja porque trazem coisas para contar partilhadas pelos pais logo à chegada à sala, seja porque querem pintar, ir para o jardim, fazer jogos e tudo na mesma manhã. Aos poucos temos criado a nossa rotina e abrindo espaço para as partilhas que nos começaram a chegar.
Na passada 6ªfeira, o Guilherme chegou-nos acompanhado de uma pena grande e castanha, mas sem nos dizer que era uma pena. No nosso momento em grande grupo, o Guilherme partilhou a sua pena e perguntámos se alguém sabia o que era. “Um pau” disse o Francisco, “uma bandolete” acrescentou o Martim e eu questionei-os “será? Se é um pau é muito diferente dos paus que temos no nosso jardim. E uma bandolete? Não consigo segurá-la na cabeça”. Ficámos então com a tarefa de descobrir o que seria a partilha do Guilherme.
Não demorámos muito tempo nesta nossa descoberta porque logo no início da semana, recebemos uma outra partilha, desta vez do Henrique, que ao visitar o jardim zoológico, viu um pavão e trouxe-nos uma pena que encontrou.
Eu própria fiz o” trabalho de casa”, e tinha reunido algumas penas de pombos (são as mais comuns na rua) e trouxe para os ajudar a descobrir que a partilha do Guilherme era uma pena. Fiz a minha partilha ao grupo e chegámos também à conclusão que o que o Guilherme tinha trazido afinal não era um “pau” nem uma “bandolete”, mas sim uma pena. Mas uma pena de que? Partimos então à descoberta em alguns livros e também no computador, com a nossa ajuda claro.



Também no inicio da semana a Francisca, que tinha ido passar o fim de semana a casa dos avós, presenteou-nos com uma deliciosa partilha: uma caixa cheia de figos. Como sempre no nosso momento em grande grupo a Francisca fez a sua partilha, mas sem falar muito, e de repente ouvimos “é um limão” disse o Martim “sim um limão” disse o Kiko. “um limão?” perguntei. Começámos por provar o “limão” e perceber que não era bem um limão. Depois de alguma pesquisa no computador e de vermos várias frutas, lá apareceu uma imagem igual ao fruto da Francisca e percebemos que eram figos e fizemos algumas descobertas que deixámos expostas na sala.


Com tantos figos em mãos, decidimos “arriscar” e fazer algo com eles em termos culinários e descobrimos uma receita de “Mufins de Figos frescos”. Pusemos mãos à obra e ontem realizamos a nossa receita que procurou ser o mais saudável possível. Como as coisas têm mais sabor quando são feitas por nós, os nossos “mufins de figo” foram um sucesso junto dos vossos filhos e fizeram as delicias no nosso lanche da tarde.




Educ. Marta Parracho