Na Sala dos 5 Anos encontrámos a matemática no chá!
Esta semana, na tarde dedicada à matemática, estivemos a pensar que registo
é que podíamos fazer a partir das saquetas de chá, da nossa prova. (http://blog.csdbrottier.pt/2019/01/prova-de-chas-na-sala-dos-5-anos-so.html). Durante este
diálogo surgiu logo a ideia de contarmos o número de sabores e respetivas saquetas.
De seguida, perguntei-lhes como é que podíamos passar esta ideia para o papel.
Fomos então buscar uma folha e um lápis, para que as crianças que tinham dado
algumas ideias pudessem exemplificá-las. Depois de observarmos todas as
sugestões, decidimos utilizar a sugestão do Guilherme de fazermos um
pictograma. Em seguida, o Gabriel comentou que o chá dele, embora fosse de
laranja, tinha as mesmas letras que o meu chá de menta (tetley), assim como o
de algumas saquetas de outros sabores. Percebemos então que tínhamos várias
marcas repetidas e surgiu a ideia de as agruparmos e de as passarmos também
para o papel. Depois de tanta troca de ideias, perguntei-lhes se ainda
poderíamos fazer um terceiro registo e a Maria sugeriu descobrirmos qual o chá
preferido de cada um. Individualmente, cada um referiu qual o registo que
achava mais interessante e organizámo-nos em três grupos.
Na tarde dedicada à matemática da semana seguinte, os três grupos
reuniram-se e decidiram em conjunto como iriam realizar o registo escolhido. O
grupo responsável pela quantidade e variedade de sabores decidiu realizar um
pictograma, posicionando os sabores por ordem alfabética. Legendaram os sabores
e registaram o número total de cada sabor. O grupo responsável pelas marcas de
chá agrupou as saquetas por marca, realizando vários conjuntos delimitados com
pincel, escrevendo também o número total de cada um dos conjuntos. Por fim, o
grupo responsável por descobrir o chá preferido de cada um decidiu primeiro
questionar os colegas e selecionar apenas as saquetas de chá nomeadas pelos
amigos. Depois de muita troca de ideias, decidiram colar os sabores referidos e
escrever por cima da saqueta os nomes de quem tinha elegido aquele chá, fazendo
o mesmo para os outros, sendo assim percetível qual o chá preferido de cada
criança da sala.
Desta forma comparticipada trabalhámos vários conceitos, tentando ter em
conta as diferentes opiniões e ideias de cada um, aspeto este que é tão
importante mas que nem sempre é fácil. É através destas vivências que vamos
aprendendo que no trabalho de grupo não podemos pensar no “eu” mas sim no
“nós”!
Educadora Marta Lanhoso