Os problemas matemáticos: construções e explorações - 2º ano
Durante os momentos
de Tempo de Estudo Autónomo, os alunos do segundo ano têm demonstrado um
progressivo interesse pela construção de problemas matemáticos. Em momentos de
trabalho coletivo ou num apoio mais individualizado, fazemos a revisão desses
textos e debatemos se as questões abordadas têm pertinência para serem
propostas aos colegas. Após estes momentos de reflexão, surgem os ficheiros construídos
pelos próprios alunos, que sentem valorizadas as suas produções e se predispõem a ajudar quem queira avançar na sua resolução.
“Aprende-se
Matemática resolvendo problemas. A resolução (...) ajuda a desenvolver a
compreensão de ideias matemáticas e a consolidar as capacidades já aprendidas
e, por outro lado, constitui um importante meio de desenvolver novas ideias
matemáticas. (...) a resolução de problemas pode constituir o ponto de partida
e o ponto de chegada do ensino-aprendizagem da Matemática.”(Ponte
e Serrazina, 2000)
É partindo destes
fundamentos que iniciamos sempre a semana de trabalho com a resolução de um
problema matemático. Na semana que passou, este foi proposto por dois alunos.
O
Lucas e o Tomaz foram a um restaurante. O Tomaz comeu 10 pratos com 5 camarões
e o Lucas comeu 5 pratos com 5 camarões.
Ao
todo, quantos camarões comeram os dois amigos?
Todos os alunos
resolveram a pares o problema e, durante a sua resolução, os autores puderam
ajudar quem necessitava. Também selecionaram 3 pares de alunos, com estratégias
de resolução de nível gradual para comunicarem, posteriormente, à turma.
No momento de
partilha das diferentes estratégias, surgiu uma reflexão que fez o grupo
avançar no pensamento: “Se todos fizeram
conjuntos de cinco camarões, na reta (numérica) ou nos pratos, então é como se
trabalhássemos a tabuada do 5. É sempre 5 + 5 + 5, etc.” Segundo Ponte e Serrazina (2000), “Permitir aos alunos os seus próprios meios
de expressão é essencial para que eles possam desenvolver o sentido de
apropriação decisivo para um forte envolvimento com a Matemática.” (p.62).
É pelo importante processo
de comunicação matemática que as ideias são partilhadas e simultaneamente
modificadas e aprofundadas por todos.
Esta tarefa
culminou na construção da própria tabuada do 5, onde pudemos aliar os
conhecimentos matemáticos com a expressão artística. Todos se empenharam
muito no desenho, recorte e colagem dos
camarões em pequenos pratos, como forma de partilhar com os colegas de outras
turmas aquelas descobertas importantes da semana.
Referência
bibliográfica: Ponte, J.P. e Serrazina, M. L. (2000). Didáctica
da Matemática do 1.º Ciclo. Lisboa: Universidade Aberta.
Professora Maria Inês Pereira – 2.º Ano