As maravilhas da correspondência- Sala dos 5 anos
O entusiasmo foi mais que
muito quando recebemos resposta à primeira carta que enviámos para a Sala da
Selma! E foi com alegria que constatámos que temos muito em comum com esta
"sala", ao nível da organização, uma vez que eles têm as mesmas áreas
de trabalho e os mesmos mapas que nós! Reparámos também numa diferença, que foi
logo visível a todos, eles são 20 crianças como nós, mas não tem todos a mesma
idade, uns tem 3, outros 4 e outros 5 anos. Neste sentido, na tarde dedicada às
descobertas de matemática propus-lhes pensarmos de que forma poderíamos
trabalhar a matemática com os "dados" que recebemos destes amigos,
até que a Maria Inês sugeriu contarmos quantos meninos tem 3, 4 e 5 anos. Para
concluir este registo faltou-nos apenas saber a idade de uma menina que não
mencionou a sua idade, questão esta que vamos escrever na carta que enviaremos
para os nossos correspondentes da Sala da Selma. No envelope da
correspondência vinha também um livro, no qual descobrimos as fotografias de
cada criança, nome, idade e o que cada um gostava de fazer. Colocámo-lo na
nossa biblioteca e, nos dias seguintes, foram muitas as crianças que se
sentaram nas almofadas a folhear o livro e a comentar o que é que cada um deles
gostava de fazer. Espontaneamente, por vezes, em contexto, alguém comenta que
um dos correspondentes também gosta de ajudar os amigos, por exemplo.
Na tarde dedicada à escrita
da semana seguinte, escrevemos outra carta para a sala da Selma, na qual
decidimos incluir um desafio. Para isso estivemos a pensar, previamente, que
atividade devíamos sugerir, surgindo duas ideias: o de reinventarem a história
do Capuchinho Vermelho, a partir de elementos intrusos ou enviarmos um desenho
para os desafiarmos a escreverem uma história a partir do mesmo. Na tarde de
matemática estivemos a descobrir quantos queriam um desafio e outro, chegando à
conclusão que a maioria queria propor que reinventassem a história do
Capuchinho Vermelho. E, assim foi, seguindo-se a escolha de um ou mais
elementos escolhidos por nós: um livro, um cão, um comboio e um Grufalão. Enviámos
o desafio e ficámos na expetativa que gostassem tanto de o realizar como nós
gostámos!
Umas semanas depois…
Fomos surpreendidos novamente
com a carta que nos chegou dos nossos correspondentes, da sala da Selma. Foi
expetantes que lemos a história que nos enviaram, que construíram a partir do
nosso desafio, ficando muito contentes por terem utilizado todos os elementos
que lhes propusemos. Recebemos também uma lengalenga que despoletou em todos
enormes gargalhadas! E recebemos ainda um desafio! Como adoramos desafios
ficámos logo muito entusiasmados. Os nossos correspondentes partilharam
connosco um pouco do que descobriram sobre Leonardo da Vinci, bem como uma
atividade que fizeram de simetrias em que tinham metade da cara em fotografia e
a outra metade tinham de a desenhar, não esquecendo a simetria da cara.
Enviaram-nos um exemplo para vermos e desafiaram-nos a fazermos o mesmo. Aceitámos
o desafio com grande entusiasmo, tendo ao longo da semana, constantemente, a
área da expressão plástica sobrelotada com crianças a desenharem com todo o
cuidado a metade da sua cara.
Posteriormente, estivemos a
pensar que desafio poderíamos enviar-lhes, até o João sugerir desafiá-los a
jogarem às cartas, ao jogo do peixinho, uma vez que é um dos nossos jogos
preferidos, que adorámos aprender neste trimestre. Todos concordámos com o João
e lembrámo-nos também de fotocopiar as regras que escrevemos do jogo para o
caso de eles não saberem jogar.
Na tarde dedicada à escrita
escrevemos outra carta aos nossos correspondentes a responder a algumas
perguntas que nos fizeram, a contar como tinha corrido o nosso desafio,
enviando também alguns exemplos de como ficaram as nossas produções. E ainda
lhes enviámos a nossa proposta. Agora resta-nos aguardar notícias e novos
desafios!
Educadora Marta Lanhoso